A Bitfinex, através da sua subsidiária de tokenização, a Bitfinex Securities El Salvador, trouxe uma novidade bem interessante: um token chamado Blockstream Mining Note 2 (BMN2). Esse token permite que investidores participem da mineração de Bitcoin sem precisar comprar aquelas máquinas caras.
O BMN2 é um tipo de “token de segurança” que oferece aos compradores uma fatia dos lucros da mineração que a Blockstream realiza na América do Norte. Ele já fez bastante sucesso, movimentando mais de US$ 681 milhões até julho deste ano, entrando para a lista dos maiores investimentos tokenizados do mundo.
Cada unidade do BMN2 representa 1 petahash por segundo (PH/s) da capacidade que a empresa utiliza para minerar Bitcoin. Isso significa que, ao adquirir um token, o investidor já garante acesso aos ganhos da atividade de mineração. O prazo de investimento é fixo: quatro anos para quem quiser manter o token até o fim.
Token de mineração de Bitcoin
Na plataforma Bitfinex Securities, a oferta total vai ser de 20 mil unidades do BMN2. A Blockstream estima que cada token tem um valor justo em torno de US$ 82.486, e o pedido mínimo para negociação vai ser de 0,0001 BMN2.
Além disso, os investidores podem acompanhar em tempo real quantos Bitcoins estão sendo minerados pelo BMN2. No final do período, o pagamento será feito em Bitcoin, já descontadas as taxas aplicáveis.
Esse lançamento segue o sucesso do Blockstream Mining Note 1 (BMN1), que foi lançado em 2021 e encerrado em julho de 2024. O BMN1 registrou o maior pagamento de ativos reais (RWA) já feito através de um valor mobiliário tokenizado, com 1.242 BTC minerados e um retorno de até 103% em três anos. Isso é bem impressionante, especialmente considerando que o rendimento médio da compra direta de Bitcoin no mesmo período foi de 32%.
Os clientes da Bitfinex Securities já podem depositar seus BMN2 e as negociações começam em 4 de setembro de 2025. O ativo tem o registro ISIN: LU2954899014.
O Jesse Knutson, que é o Head de Operações da Bitfinex Securities, comentou que essa listagem em El Salvador é um reflexo das melhorias no marco regulatório para ativos digitais no país. Isso facilita o acesso a novas oportunidades de investimento e deve atrair ainda mais emissores, oferecendo uma base maior de investidores em um ambiente regulatório seguro.
A Blockstream começou suas operações de mineração em 2017, preocupada com a queda da descentralização nesse mercado. Desde então, tem expandido sua atuação, com infraestrutura no Texas (EUA) e em Quebec (Canadá), sendo que 72% da energia consumida vem de fontes eólicas. Isso fez com que o BMN2 se apresentasse como uma opção mais sustentável se comparado ao BMN1.
